Viajar pode ser uma das melhores formas de criar lembranças felizes. Mas quando há crianças e adolescentes envolvidos, o que deveria ser um momento de paz e alegria pode virar um desafio.
No entanto, com alguns cuidados simples e uma boa dose de paciência, é sim possível fazer uma viagem tranquila com os pequenos — e até se divertir muito no caminho.
Por que viajar em família pode ser difícil?
Quando uma pessoa viaja sozinha ou com outros adultos, quase tudo é mais simples. Acorda na hora que quiser, come quando der fome e para quando sentir vontade. Mas com crianças, especialmente as bem pequenas, e adolescentes que vivem em outro ritmo, as coisas mudam.
Eles cansam rápido, ficam entediados fácil e, muitas vezes, não entendem por que precisam esperar em filas ou ficar horas sentados. Além disso, os gostos são diferentes. Um adolescente quer liberdade, já uma criança pequena quer brincar o tempo todo. E aí vem o desafio: como equilibrar tudo isso?
Como se preparar antes da viagem
Primeiro, é bom pensar num lugar que tenha opções para todos. Por exemplo, se a viagem é para a Bahia, não escolha só praias desertas, onde não há muito o que fazer. Veja se há um parque, uma feirinha ou até um passeio de barco que possa divertir os filhos.
Outro ponto é o clima. Viajar com crianças para um lugar muito quente como o Rio de Janeiro no verão, com temperaturas de 40 ºC, pode ser cansativo. Então o ideal é procurar meses mais frescos ou programar passeios pela manhã e fim da tarde.
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Envolva as crianças no planejamento
Mesmo os pequenos podem ajudar. Mostre fotos do lugar, fale dos passeios e pergunte o que eles gostariam de fazer. Isso ajuda a criar empolgação e reduz as chances de reclamações. Com adolescentes, essa dica vale ainda mais. Eles gostam de ter voz nas decisões.
Organize uma mala prática
Levar o que for mais útil e deixar de lado o que só ocupa espaço é um passo importante. Para crianças, não pode faltar:
- Roupas leves e extras;
- Protetor solar;
- Repelente;
- Lanches fáceis (como bolacha, frutas e sucos);
- Um brinquedo favorito.
Para adolescentes, não esqueça o carregador de celular, fones de ouvido e talvez um livro ou jogo de cartas.
Tabela de tempo ideal de viagem por idade
Nem sempre a duração da viagem agrada a todos da família. Algumas crianças ficam cansadas em poucos dias, enquanto os adolescentes gostam de viagens mais longas. Por isso, aqui está uma tabela simples que pode te ajudar a decidir quantos dias são ideais para cada faixa etária:
Faixa Etária | Tempo Ideal de Viagem | Motivo Principal |
---|---|---|
Até 6 anos | 3 a 5 dias | Evita cansaço e excesso de estímulo |
De 7 a 11 anos | 7 a 10 dias | Tempo bom para curtir sem ficar entediado |
De 12 a 17 anos | 10 a 15 dias | Maior tolerância a mudanças e rotina |
Durante a viagem: o que fazer para evitar o estresse
Claro que em viagem tudo muda, mas manter algumas partes da rotina ajuda. Dormir e comer nos mesmos horários faz diferença. Crianças com sono ou fome tendem a ficar mais irritadas. Por isso, se o filho dorme às 20h, tente não programar passeios à noite todos os dias.
Leve distrações para os trajetos
Se a viagem for de carro, ônibus ou avião, é importante pensar no tempo que os filhos vão ficar sentados. Leve brinquedos, livros, jogos ou até um celular com filmes baixados por exemplo. Um desenho como O Rei Leão pode entreter por um bom tempo.
Outra boa ideia é jogar com eles. Pode ser um “jogo do alfabeto”, onde cada um precisa dizer nomes com letras diferentes. Isso ajuda a passar o tempo e ainda cria interação entre todos.
Faça paradas estratégicas
Se o trajeto for longo, é bom parar de vez em quando. Uma pausa de 20 minutos a cada 2h em uma viagem de carro de 600 km pode ajudar muito. As crianças podem se esticar, correr um pouco e gastar energia. Já os adolescentes podem sair do tédio e relaxar um pouco as ideias.
Evite passeios em excesso
Não adianta colocar mil atrações num único dia. Isso só cansa a todos. É melhor escolher dois ou três passeios e deixar o restante do tempo livre para descanso, banho de piscina ou apenas curtir o local. Viajar bem não é correr, mas sim aproveitar cada momento com calma.
Como lidar com imprevistos e birras
Mesmo com tudo bem planejado, pode acontecer algo fora do controle. Uma dor de barriga, uma crise de choro, um adolescente emburrado. Nessas horas, a melhor atitude é respirar fundo e lembrar: isso faz parte.
Tente conversar com calma, entender o motivo da birra ou da má vontade. Às vezes, a criança está cansada ou com fome. O adolescente pode só estar entediado ou querendo ficar um pouco no celular. Entender o momento é melhor do que brigar.
Se possível, ofereça escolhas: “Você quer ir no parque agora ou depois do almoço?” Assim, a criança ou o jovem se sente ouvido.
Dicas extras para uma viagem leve e divertida
Hoje em dia, inclusive há vários apps que ajudam nas viagens com filhos. Um bom mapa, por exemplo, evita que você se perca. Um app de previsão do tempo ajuda a planejar melhor os passeios.
Tenha uma reserva de emergência
Nem tudo pode ser previsto. Por isso, é bom guardar um valor para emergências. Se uma mala sumir ou se alguém precisar de um remédio, essa quantia vai fazer a diferença. Mesmo que seja apenas R$ 200,00, já ajuda bastante.
Leve documentos e anotações
Crianças e adolescentes devem estar com RG, CPF e, se necessário, uma autorização dos pais. Além disso, leve o cartão do plano de saúde e anote telefones úteis, como do hotel, do seguro ou do médico.
Crie lembranças
Fotos, vídeos e até um diário da viagem são formas lindas de guardar as memórias. Incentive as crianças a escrever o que mais gostaram ou a desenhar os lugares por onde passaram. Assim isso ajuda a dar valor ao passeio e ainda vira uma recordação para o futuro.
Viajar com crianças e adolescentes pode dar trabalho, mas também é uma das melhores formas de fortalecer laços. Com um pouco de planejamento, calma e criatividade, tudo pode virar um momento leve, cheio de risadas e boas lembranças.
Por isso, da próxima vez que for arrumar as malas, pense com carinho no que pode tornar o passeio mais simples e feliz. Cuide da rotina, prepare atividades, escute os filhos e, acima de tudo, esteja aberto ao que o caminho pode trazer.
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