
O Monte Everest tem sido um símbolo de desafio e conquista para alpinistas ao redor do mundo. Suas encostas íngremes e condições extremas atraem aventureiros em busca de superar limites pessoais e estabelecer novos recordes. A história das escaladas no Everest é repleta de feitos impressionantes e histórias de coragem.
Desde a primeira ascensão bem-sucedida, o Everest viu uma variedade de escaladores de diferentes origens e habilidades tentarem alcançar seu cume. Homens e mulheres, jovens e idosos, todos compartilham o desejo de enfrentar a montanha mais alta do mundo.
Esse post será dedicado a falar sobre alguns dos escaladores mais famosos do Monte Everest e seus feitos notáveis.
Tentativas Anuais e Origem dos Escaladores
A cada ano, milhares de alpinistas de todo o mundo tentam a árdua tarefa de escalar o Monte Everest. Em média, cerca de 800 a 1.000 pessoas tentam alcançar o cume anualmente. Esses números variam conforme as condições climáticas e as regulamentações locais.
Origem dos Escaladores
Os escaladores vêm de uma ampla gama de países, refletindo a atração global do Everest. Alpinistas da Índia, Estados Unidos, Reino Unido, China e Japão estão entre os mais frequentes.
Recentemente, tem havido um aumento significativo no número de escaladores de países asiáticos, especialmente do Nepal e China, refletindo o crescente interesse e acessibilidade da escalada na região.
Motivos das Desistências
Apesar do preparo rigoroso, muitos alpinistas enfrentam desafios insuperáveis e desistem antes de alcançar o cume. As estatísticas mostram que cerca de 50% das tentativas resultam em desistências.
As condições climáticas adversas são o principal motivo de desistência, com ventos fortes e tempestades inesperadas representando riscos significativos. Problemas de saúde, como o mal da altitude e exaustão extrema, também levam muitos a abandonar a escalada, sublinhando a necessidade de uma preparação física e mental excepcionais.
Comparações de Altura
Como mencionado anteriormente, o Monte Everest é a montanha mais alta do mundo, atraindo alpinistas de todos os cantos do planeta em busca de desafios extremos. Suas características não apenas o tornam uma façanha para os alpinistas, mas também um ponto de comparação interessante com outras montanhas e estruturas.
Altura do Monte Everest

O Monte Everest tem uma altura impressionante de 8.848,86 metros (29.031,7 pés) acima do nível do mar. Localizado na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre o Nepal e a região autônoma do Tibete, na China, o Everest é uma das 14 montanhas no mundo que ultrapassam os 8.000 metros de altitude.
A sua altura tem sido objeto de medição e debate ao longo dos anos, com pequenas variações dependendo dos métodos utilizados.
Comparação com Outras Montanhas Famosas
Embora o Everest seja a montanha mais alta do mundo, outras montanhas também são notáveis por suas altitudes e desafios únicos:
- K2: Com 8.611 metros (28.251 pés), o K2, localizado na fronteira entre o Paquistão e a China, é a segunda montanha mais alta do mundo. Conhecida como a “Montanha Selvagem”, o K2 é notoriamente mais difícil e perigosa de escalar em comparação com o Everest.
- Kangchenjunga: A terceira montanha mais alta do mundo, com 8.586 metros (28.169 pés), localizada na fronteira entre o Nepal e a Índia.
- Lhotse: Com 8.516 metros (27.940 pés), esta montanha é a quarta mais alta do mundo e está localizada próxima ao Everest, muitas vezes escalada em conjunto com ele.
Comparação com Edifícios Mais Altos do Mundo
Para se ter uma ideia mais concreta da altura do Everest, podemos compará-lo com alguns dos edifícios mais altos do mundo:
Nome do Edifício | Localização | Altura (metros) | Altura (pés) | Comparação com o Everest |
---|---|---|---|---|
Burj Khalifa | Dubai, Emirados Árabes Unidos | 828 m | 2.717 pés | Seriam necessários mais de 10 Burj Khalifa para alcançar o Everest |
Shanghai Tower | Xangai, China | 632 m | 2.073 pés | Fica muito aquém da altura do Everest |
Abraj Al-Bait Clock Tower | Meca, Arábia Saudita | 601 m | 1.971 pés | Destaca ainda mais a magnitude do Everest |
Características Climáticas e Desafios
No cume do Monte, as temperaturas podem cair para impressionantes -60°C (-76°F) durante o inverno, com médias em torno de -36°C (-33°F) na temporada de escalada.
Além disso, os ventos podem atingir velocidades superiores a 160 km/h (100 mph), tornando a escalada extremamente perigosa. Somando-se a isso, a baixa pressão atmosférica faz com que haja apenas cerca de um terço do oxigênio disponível ao nível do mar, o que pode causar mal da altitude e outros problemas de saúde graves caso não haja uma aclimatação adequada
Geografia e Rota de Escalada
O Everest possui várias rotas de escalada, sendo as mais populares a Rota do Sul (Nepal) e a Rota do Norte (Tibete). A Rota do Sul é a mais utilizada devido à logística e infraestrutura mais desenvolvidas.
Ambas as rotas apresentam desafios significativos, incluindo a travessia de fendas, escalada em gelo e neve, e a necessidade de estabelecer vários acampamentos de altitude.
Em resumo, o Monte Everest não só é a montanha mais alta do mundo, mas também uma das mais desafiadoras devido às suas condições extremas e geografia complexa. As comparações de altura com outras montanhas e estruturas ajudam a ilustrar a magnitude dessa maravilha natural e os enormes desafios que os alpinistas enfrentam ao tentar conquistá-la.
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Primeiros Conquistadores
Após compreender a magnitude do Monte Everest e seus desafios, vamos passar para as histórias dos primeiros conquistadores desta montanha icônica. A primeira ascensão bem-sucedida ao cume do Everest marcou um momento crucial na história do alpinismo e inspirou inúmeras expedições subsequentes.
Edmund Hillary e Tenzing Norgay
No dia 29 de maio de 1953, dois homens fizeram história ao se tornarem os primeiros a alcançar o cume do Monte Everest. Sir Edmund Hillary, da Nova Zelândia, e Tenzing Norgay, um sherpa do Nepal, realizaram um feito que muitos acreditavam ser impossível.
Hillary e Norgay eram parte de uma expedição britânica liderada por John Hunt. A expedição enfrentou muitos desafios, incluindo as condições climáticas extremas, a baixa pressão de oxigênio e a necessidade de atravessar perigosas seções de gelo e neve. Utilizando equipamentos relativamente rudimentares em comparação com os padrões modernos, a dupla demonstrou uma incrível determinação e resistência física.
Preparações e Desafios
A preparação para a ascensão foi meticulosa. A equipe estabeleceu vários acampamentos ao longo da rota, incluindo um acampamento avançado a cerca de 8.500 metros (27.887 pés), conhecido como o “Acampamento IX”. A partir deste ponto, Hillary e Norgay iniciaram a tentativa final ao cume, enfrentando a face sudoeste do Everest.
Um dos momentos mais críticos da escalada foi a travessia do Step Hillary, uma formação rochosa íngreme próxima ao cume. A habilidade técnica e a coragem de ambos foram essenciais para superar esse obstáculo. Finalmente, após horas de esforço extenuante, eles chegaram ao cume, onde tiraram fotografias e enterraram pequenos objetos comemorativos.
Influência e Legado
A conquista de Edmund Hillary e Tenzing Norgay teve uma influencia profundo no mundo do alpinismo e além. Tornaram-se heróis internacionais, e suas histórias inspiraram futuras gerações de alpinistas a tentar escalar o Everest. Hillary foi posteriormente nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II, e Norgay recebeu a George Medal, uma das mais altas honrarias civis do Reino Unido.
O legado de sua conquista continua a ser celebrado. Em reconhecimento às suas contribuições, muitas infraestruturas e iniciativas beneficentes foram estabelecidas no Nepal, incluindo escolas e hospitais, promovidas especialmente pela Fundação Himalayan Trust, criada por Hillary.
Pioneiras no Everest
Não foram só homens que escalaram esse arranha-céu natural. As mulheres também têm desempenhado um papel crucial na história das conquistas do Monte Everest. Suas histórias são de coragem, determinação e superação, inspirando alpinistas de todas as partes do mundo.
Junko Tabei
Diretamente do Japão, Junko foi a primeira mulher a alcançar o cume do Monte Everest, realizando este feito em 16 de maio de 1975. Nascida em 1939, Tabei já era uma alpinista experiente quando se juntou a uma expedição feminina japonesa. A determinação e habilidade de Tabei foram fundamentais para superar os muitos desafios que enfrentou durante a ascensão.
A expedição de Tabei foi marcada por adversidades extremas. Em um ponto, uma avalanche atingiu seu acampamento, soterrando-a e outros membros da equipe. Mesmo assim, ela conseguiu se recuperar e continuar a escalada. Sua conquista destacou a capacidade das mulheres de enfrentar e superar os desafios do alpinismo de alta altitude.
Outras Montanhistas Notáveis
Desde a conquista de Junko Tabei, muitas outras mulheres notáveis seguiram seus passos, cada uma trazendo sua própria marca de coragem e determinação para o Monte Everest.
- Pasang Lhamu Sherpa: Em 22 de abril de 1993, Pasang Lhamu Sherpa se tornou a primeira mulher nepalesa a alcançar o cume do Everest. Sua ascensão foi um marco significativo para o Nepal, inspirando muitas outras alpinistas.
- Alison Hargreaves: Em 1995, a britânica Alison Hargreaves escalou o Everest sem oxigênio suplementar, uma realização extraordinária que demonstrou sua incrível resistência e habilidade técnica.
- Arunima Sinha: Em 21 de maio de 2013, Arunima Sinha, da Índia, se tornou a primeira mulher amputada a escalar o Everest. Sua história de superação e resiliência é um testemunho do espírito indomável dos alpinistas.
Influencia e Inspiração
As conquistas dessas pioneiras têm um resultado duradouro no mundo do alpinismo. Elas provaram que, independentemente das adversidades, as mulheres podem alcançar as alturas mais elevadas, literal e figurativamente.
Essas histórias de pioneirismo feminino no Everest continuam a inspirar novas gerações de alpinistas, desafiando as normas e expandindo os limites do que é possível. Ao lado de seus colegas masculinos, essas mulheres notáveis contribuíram para a rica tapeçaria de histórias de coragem e conquista associadas ao Monte Everest.
Escaladas Sem Oxigênio Suplementar
Se escalar esse colosso natural com oxigênio suplementar já é uma tarefa extremamente complicada, imagine fazê-lo sem essa ajuda vital. Acredite, houve pessoas que conseguiram esse feito impressionante, desafiando os limites da resistência humana e da aclimatação.
Conquista Sem Oxigênio: Reinhold Messner e Peter Habeler
No entanto, em 8 de maio de 1978, Reinhold Messner e Peter Habeler desafiaram as probabilidades e se tornaram os primeiros a escalar o Monte Everest sem o uso de oxigênio suplementar. Este feito extraordinário foi um marco no alpinismo e demonstrou que era possível sobreviver e alcançar o cume do Everest apenas com a aclimatação natural do corpo.
Escalar sem oxigênio suplementar é uma façanha incrivelmente difícil. Messner e Habeler enfrentaram condições extremas, onde cada passo se tornava um esforço monumental.
A respiração era ofegante e difícil, e o risco de edema pulmonar ou cerebral era significativamente maior. Apesar desses desafios, sua excepcional preparação física e mental permitiu que eles superassem esses obstáculos e abrissem caminho para futuras expedições sem oxigênio suplementar.
Outros Escaladores Que Tiveram a Mesma Coragem
Seguindo os passos de Messner e Habeler, outros alpinistas também realizaram o desafio de escalar o Everest sem oxigênio suplementar, demonstrando resistência e habilidade extraordinárias:
- Ang Rita Sherpa: Conhecido como o “Leopardo das Neves”, Ang Rita escalou o Everest dez vezes sem oxigênio suplementar entre 1983 e 1996, um feito sem precedentes na história do alpinismo.
- Ed Viesturs: Este alpinista americano completou a ascensão do Everest sem oxigênio suplementar duas vezes, em 1996 e 2009, mostrando uma incrível resistência e técnica.
Desafiando os Limites do Próprio Corpo
A principal diferença entre os alpinistas que utilizam oxigênio suplementar e aqueles que não o fazem reside na preparação e nos riscos envolvidos. Escalar sem oxigênio á mais requer uma aclimatação ainda mais rigorosa e um nível de condicionamento físico excepcional.
Os alpinistas devem ser capazes de suportar níveis extremos de hipoxia (baixo oxigênio) e estar preparados para enfrentar os perigos adicionais que vêm com a falta de oxigênio extra.
Escaladores Jovens e Idosos
O desafio de escalar o Monte Everest atrai pessoas de todas as idades, desde jovens prodígios até veteranos experientes. As histórias dos escaladores mais jovens e mais idosos são inspiradoras e demonstram que a determinação e o preparo podem superar as barreiras da idade.
Jordan Romero
Um jovem alpinista americano, fez história em 22 de maio de 2010 ao se tornar a pessoa mais jovem a alcançar o cume do Monte Everest. Com apenas 13 anos na época, Jordan embarcou nessa jornada extraordinária com o apoio de seu pai e de sua madrasta, ambos experientes alpinistas. A equipe escolheu a rota do lado norte do Everest, pelo Tibete, considerada menos congestionada, mas igualmente desafiadora.
A preparação de Jordan foi intensa. Ele participou de várias expedições de alta altitude antes de tentar o Everest, incluindo a escalada do Monte Kilimanjaro na África e do Aconcágua na América do Sul.
A sua conquista foi recebida com aclamação mundial, destacando não só sua resistência física, mas também a maturidade e coragem necessárias para enfrentar tal desafio.
Yuichiro Miura
Em contraste com a juventude de Jordan Romero, Yuichiro Miura, do Japão, escalou esse monte gelado e se tornou a pessoa mais velha a atingir o cume.
Ele alcançou este feito extraordinário em 23 de maio de 2013, aos 80 anos. Miura não era estranho aos desafios; ele já havia esquiado o Everest em 1970 e alcançado o cume duas vezes antes, aos 70 e 75 anos.
A ascensão de Miura aos 80 anos foi uma demonstração impressionante de força e tenacidade. Apesar de ter passado por várias cirurgias cardíacas e outros problemas de saúde, ele não se deixou deter.
Sua preparação envolveu um rigoroso regime de exercícios físicos e aclimatação em altitudes elevadas. A sua equipe incluía médicos e guias experientes para garantir sua segurança durante a escalada.
Outros Exemplos de Alpinistas
Além de Romero e Miura, outros alpinistas jovens e idosos também alcançaram feitos notáveis no Everest:
- Malavath Poorna: Em 25 de maio de 2014, Malavath Poorna, uma jovem indiana, se tornou a mulher mais jovem a escalar o Everest, aos 13 anos e 11 meses.
- Bill Burke: Um advogado aposentado dos Estados Unidos, Burke escalou o Everest aos 72 anos em 2009, demonstrando que a paixão pelo alpinismo pode continuar a qualquer idade.
Everest para Todas as Idades
As histórias dos escaladores mais jovens e mais idosos do Everest são um testemunho da diversidade e universalidade do espírito humano de aventura.
Eles inspiram pessoas de todas as idades a perseguir seus sonhos e enfrentar desafios aparentemente insuperáveis. A determinação, preparação e coragem desses alpinistas provam que a idade, seja jovem ou avançada, não é uma barreira quando se trata de alcançar grandes alturas.
Recomendações das Autoridades Locais
Mas, afinal de contas, quais são as recomendações oficiais para quem deseja se aventurar ? As autoridades locais do Nepal e do Tibete têm estabelecido uma série de regulamentos e orientações para garantir a segurança dos alpinistas.
Requisitos de Licença e Experiência
Para Subir o monte, é necessário obter uma licença emitida pelo governo do Nepal ou da Região Autônoma do Tibete. Essas licenças são obrigatórias e envolvem um processo de solicitação rigoroso. As autoridades exigem que os alpinistas tenham experiência prévia em escaladas de alta altitude. Recomenda-se que os escaladores tenham subido pelo menos uma montanha de 6.500 metros antes de tentar superar esse desafio.
Preparação Recomendada
As autoridades locais enfatizam a importância de um preparo físico e mental adequado. Equipamentos de alta qualidade são essenciais, incluindo roupas de frio extremas, botas de alpinismo, crampons, piolets e, em muitos casos, cilindros de oxigênio suplementar. As expedições também devem estar bem abastecidas com alimentos e suprimentos médicos de emergência.
Guias e Suporte
Contratar guias experientes e serviços de suporte é altamente recomendado. Os guias locais, conhecidos como sherpas, têm um conhecimento profundo da montanha e das suas condições. Eles ajudam na navegação, montagem de acampamentos e carregamento de suprimentos, aumentando significativamente as chances de uma escalada bem-sucedida e segura.
Quem São os Sherpas?
Os sherpas são um grupo étnico nativo da região montanhosa do Himalaia, no Nepal. Eles são mundialmente reconhecidos por suas habilidades de alpinismo e resistência física, sendo essenciais para as expedições no Everest.
Melhor Época para Escalada
Embora a melhor época para escalar possa variar, as autoridades locais oferecem orientações baseadas em padrões climáticos históricos. As janelas de tempo mais favoráveis geralmente ocorrem entre finais de abril e início de junho, e novamente entre finais de setembro e início de novembro.
Nessas épocas, as condições climáticas são relativamente estáveis, com menor risco de tempestades.
Ao longo do artigo, apresentamos a fascinante diversidade de histórias de alpinistas que ousaram desafiar o pico mais alto do mundo. Cada conquista é um tributo ao ser humano e um testemunho da vontade de alcançar o aparentemente impossível.
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